quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Capital do Sossego Pt. I


Seria muito indelicado da minha parte não abrir as "hostilidades" deste blog com algo vindo da Capital do Sossego, a.k.a. Pampilhosa da Serra. Assim sendo, cá vai o primeiro elogio!
Como já é tradição, em Agosto costumo ir passar uns dias ao Vidual de Cima, uma belíssima aldeia no coração do concelho da Pampilhosa. Para quem é apologista dos GPS, aqui ficam as coordenadas: 40 06 44.56' N e 7 52 13.07' W. Se isto estiver mal, não me fodam a cabeça. Queixem-se ao criador do Google Earth.
Mas pronto, adiante... Numa das rotineiras idas ao café depois de almoço, descobri afixado numa das paredes este calendário que é uma verdadeira pérola. Por razões óbvias, apaguei alguns elementos uma vez que a publicidade é algo que se faz pagar muito bem e aqui não há publicidade à borla para ninguém.
A empresa publicitada neste calendário,
um distribuidor de gás e agência funerária, é aquilo que qualquer especialista em marketing chamará de uma acção comercial atacando várias frentes de mercado. Vejamos, é preciso ter bastante criatividade e uma gestão brilhante para se venderem botijas de gás (mediante a zona do país também poderão ser denominadas por "bilhas") ao mesmo tempo que se vendem caixões.

Eu imagino um diálogo entre vendedor e cliente...

Cliente: "Boa, tarde. Quero uma botija (ou bilha) de gás, por favor."
Vendedor: "Boa tarde. Com certeza. Já agora, se me permite, se eventualmente estará a pensar utilizar essa botija (ou bilha) para se suicidar, enfiando a cabeça dentro do forno, aproveito para o informar que estamos com uma óptima promoção nos caixões de mogno e pinho. Se quiser dar uma espreitadela aos caixões, eles encontram-se junto da secção do gás propano."
Cliente: "Pois... Realmente um caixão de mogno a este preço é uma oportunidade única na vida..."
Vendedor: "É, sem dúvida. Podemos então encomendar o pack caixão+botija (ou bilha)?"
Cliente: "É uma oferta tentadora, mas para já levo só a botija (ou bilha). Esta é uma altura complicada, sabe? A crise e tal... Mas fique descansado que quando pensar nisso a sério, será à sua empresa que comprarei."
Vendedor: "Muito bem! São então 18.90€, por favor."

Outro pormenor curioso é o facto desta empresa ter um sócio chamado Jorge "Gasmen"... Por uma questão de saúde pública, creio que o melhor é não querer sequer saber porque tem este nickname. Se calhar está na altura de começar a comer menos feijão ou grão... Não é, Jorge?

Por fim, devido à peculiaridade linguística da Capital do Sossego, a morada da empresa é no Bairo de S. Martinho. "Bairo", para quem não sabe, significa "bairro" em língua serrana. Um conselho: para o calendário de 2010 façam uma versão na língua de Dornelas do Zêzere e na língua da Malhada do Rei. Isso seguramente reflectir-se-á num aumento significativo de vendas naquelas paragens.


4 comentários:

  1. Fala de cona e mines e deixa os homens do marketing em paz !!

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  2. Eu acho que esse vendedor é a resposta serrana à menina da Pluma da Galp.Há os waterboys do futebol americano, os visionários do marketing serrano criaram o Gasmen (puro génio)
    A sinergia entre o negócio do gás e da funerária/morte é puro brilhantismo...o "Gasmen" deve ter a potência de uma arma biológica, logo tem toda a lógica encomendarem o caixão caso as coisas corram verdadeiramente mal.

    Ps- O Kadoc também é um "gasmen" movido a feijão e mine. Só que a quantidade de metano libertada é pouco significativa ;))

    Hasta!!

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  3. Respondendo ao Treinador de Bancada, se o metano libertado é inofensivo, lembra-te da madrugada de sábado, quando chegaste a minha casa, dentro do carro do Luis....

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  4. Para quem conhese a capital do sossego sabe que não e por nada que a escola secundaria deste conselho foi considrada a pior do paìs...
    Mas são pessoas "asadinhas"...
    Ta Fixe abraços da Suiça
    Gonçalo Custodio

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